Ela sentia a dor nas entranhas.
Queria arrancar do corpo a parte que doía
Queria ter forças para sair dali
Queria não estar tremendo de dor
Queria ajuda, só queria chegar em casa
Mas tantos passavam ali e nem a reparavam se encolhendo de dor, sentada no banco, mochila nas pernas e celular na mão trêmula.
Ela se contorcia, baixava a cabeça, levantava o tronco, respirava fundo, prendia o ar por poucos segundos, soltava o ar com força, com pressa...
Faz mil ligações, reclama, briga, discute e de uma vez desliga, guarda o celular na mochila, olha para frente com a esperança de quem enfim foi salvo;
Uma moça aparece, a pega pela mão, ela desenterra forças e vai em frente, não pude segui-las, mas certamente a moça cuidou da dor da menina.
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