terça-feira, 29 de setembro de 2009
VidaNova!
Depois você passou naquela loja onde tem uns vestidos moderninhos e coloridos. Você entrou e pediu aquele cor de laranja com borboletas, muito mais curto do que os que você costuma usar. Aproveitou e pediu a sapatilha da vitrine. Arrancou o seu terninho bege, sua camisa branca e seu escarpim marrom. Deixou tudo por lá mesmo, no provador. E quando a vendedora perguntou o que fazer com aquilo, você disse: Queima.
Quando você retornou ao trabalho, uma hora depois do horário de costume, com aquele vestidinho e com os cabelos daquele jeito, a roda em torno de você foi se formando. Uns, animadíssimos. Outros, nem tanto. Alguns reprovaram. Como as coisas já não andavam muito bem por ali, sua chefe lhe chamou no final do dia para conversar, e avisou que as coisas não poderiam continuar daquele jeito, ou ela teria que substituir você. E você disse: Substitui.
Saindo de lá deu vontade de jantar naquele bistrô aonde você acha que só deveria ir no dia do seu aniversário ou outra data importante. Você mal encostou seu carro e já veio o dono da rua, dizendo que eram dez pratas para parar ali. E, como você não deu bola, o homem começou aquela conversinha surrada dizendo, na entrelinha da entrelinha, que um eventual não-pagamento antecipado incorreria em riscos indesejáveis na pintura do seu bólido. Você pegou o celular, digitou três números, mostrou o visor para o homem e, já com o dedo na tecla “ligar”, disse: Risca.
Faz de conta que você chegou em casa e sua filha de dezessete anos estava na sala com o namorado. Você teve que contar de novo a história daquele vestido e daquele cabelo e, como chovia, sua filha sondou se o rapaz poderia dormir ali. E, enquanto jogava no lixo aquela agendinha que você só usava no trabalho, você disse: Pode.
Quando se deitou para dormir, aquele anjo que costuma vir conversar com você antes do sono se empoleirou na cabeceira da sua cama. Elogiou o cabelo, o vestido, a decisão no trabalho, o presente de não-aniversário, o chega-pra-lá no dono da rua, a atitude com a filha. Só por curiosidade, perguntou que bicho havia mordido você. E você, se ajeitando no travesseiro e já desligando o abajur, disse: Nenhum.
No dia seguinte, vendo que eram dez da manhã e você ainda não havia se levantado, sua filha entrou no quarto, vocês conversaram e no final ela perguntou como é que vocês viveriam dali para frente. Com certa ironia, ela arriscou dizer que com as bolsas e os badulaques que você produzia e vendia nos finais de semana é que não seria. E você disse: Sim.
À tarde, você procurou o dono daquele galpão que você havia visto para alugar, perfeito para uma oficina, e fez uma oferta. O homem coçou a cabeça, pediu um pouquinho mais, e você disse: Fechado.
À noitinha, você foi até a casa dos seus avós, assim, de surpresa. E, de surpresa, você os beijou. E quando eles perguntaram o que era aquilo, você disse: Amor.
Faz de conta que foi assim. Faz de conta que foi desse jeito que você virou a mesa. Que resolveu não perder mais tempo, fazer o que gosta e ser do jeito que você, só você, acha que fica mais bonita.
Faz de conta que você morreu. E que alguém lhe deu a oportunidade de voltar para um terceiro tempo.
Então. Agora vai lá e faz tudo de verdade.
Texto roubado de um fotolog. :x
Queria muuito indicar quem escreveu... Quando descobrir posto por aqui.
Não me parece ter muitas pessoas nesta cidade, além de uma ou outra que passa a cada meia hora. Continuo olhando para as dunas que formam um horizonte não tão distante e se tirar os fones de ouvido, com certeza, posso escutar o mar. Atrás de mim o sol continua descendo, mais um crepúsculo que perco sem a menor culpa, mas hoje decidi que, mesmo que sozinha, vou vê-lo se enterrar nas montanhas de depois do mar.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
II
ERA um auto-controle!
O aviso do teu desejo me fez te lançar contra o que tivesse à minha frente, felizmente um colchão -já estávamos no quarto?
Te ver ali, com o desejo estampado nos olhos e quase por se levantar só para diminuir a distância entre nós... E se levantou, porque eu ainda estava paralisada, assustada com a atitude que acabara de ter, mas assim que os corpos se tocam a energia solta correntes incríveis de desejo maior que o corpo suporta -e quem seria EU para suportar isso tudo vindo de você?
Dessa vez os beijos começam sem ter hora para um fim. Fui sendo presa contra a parede de um jeito forte e delicado, macio... Da cama, nem lembrávamos mais, isso aconteceria muitas vezes e agora em qualquer lugar, chegaria a vez da cama...
Elegia Lírica
É boba, ela! tudo faz, tudo sabe, é linda, óh anjo Domremy!
Dêem-lhe uma espada, contrói um reino; dêem-lhe uma agulha, faz um crochê
Dêem-lhe um teclado, faz uma aurora, dêem-lhe razão, faz uma briga...!
E do pobre ser que Deus lhe deu, eu, filho pródigo, poeta cheio de erros
Ela fez um eterno perdido...
''...eu vou-me embora para sempre e nunca mais vejo esse rosto lindo que eu adoro porque você é toda a minha vida e eu só escrevo por tua causa ingrata...
...te quero acima do próprio Deusque me perdoe eu dizer isso mas é sincero porque ele sabe que ontem pensei todo o dia em você...
...imagina só que estou fazendo uma história para você muito bonita e quando chega de noite eu fico tão triste que até dá pena e tenho vontade de ir correndo te ver...
...eu só queria te ver uma meia hora eu pedia tanto que você acabava ficando enfim adeus que já estou até cansado de tanta saudade...
... meu rouxinol me diz boa-noite e dorme pensando neste que te adora..."
Minhas tristezas, minhas alegrias
Meus desejos são teus, toma, leva-os contigo!
És brança, muito brança
E eu sou quase eterno para o teu carinho.
Não quero dizer nem que te adoro
Nem que tanto me esqueço de ti
Quero dizer-te em outras palavras todos os votos de amor jamais sonhados
No fundo o que quero é que ninguém me entenda
Para que eu possa te amar tragicamente!
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
Bela Flor - Maria Gadu
A Flor que é quase igual
A Flor que muito pensa
A Flor que fecha o Sol
Parece a mesma Flor
Só muda o coração
Quando se unem são
A Flor que inspirou a canção
Bela Flor, pouco disse
Gêmea Flor, que cresceu no Rio
Bela Flor, pouco disse
Gêmea Flor, que cresceu no Rio
Que dance a linda Flor girando por aí
Sonhando com amor sem dor, amor de Flor
Querendo a Flor que é, no sonho a Flor que vem
Ser duplamente Flor, encanta colore e faz bem
Bela Flor, pouco disse
Gêmea Flor, que cresceu no Rio
Bela Flor, pouco disse
Gêmea Flor, que cresceu no Rio
Oh Flor, se tu canta essa canção
Todo o meu medo se vai pro vão
Pra longe, longe que eu não quero ir
Mas deixe seu rastro pólen, flor pra eu poder seguir
Bela Flor, pouco disse
Gêmea Flor, que cresceu no Rio
Bela Flor, pouco disse
Gêmea Flor, que cresceu no Rio
Vê o vídeo.
sábado, 19 de setembro de 2009
sábadoanoite.
E há tanto o que fazer, mas só tenha a dizer que é culpa da saudade.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Pessoa
O olhar é carente, como de quem que com sofreguidão vai levando a vida.
Junte isso à cor do mar, ao fogo e aos fantasmas, à paz e ao desassossego, resulta em você, frágil esqueleto nos meus pensamentos.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Caio Fernando Abreu
Pois é, até Caio Fernando Abreu tem o seu. tsctsc* iausiaushiuh'
Então eu vi essa frase, que poderia me inspirar muito, mas gostei tanto da simplicidade dela que decidi pôr a original aqui.
'Sei que pretendia dizer alguma coisa muito especial pra você, alguma coisa que faria você largar tudo e vir correndo me ver.'
domingo, 13 de setembro de 2009
Sonhos Verdes
Acho que vão nos ver de novo aqui
Temos que acreditar
Que realmente algo mudou
Mesmo que seja dentro de nós
Sempre que nós estamos juntos
É você quem liberta o mal de mim
Penso em dias perfeitos
Quero te ver de novo aqui
Temos que acreditar
Que realmente algo mudou
Mesmo que seja dentro de nós
Sempre que nós estamos juntos
É você quem liberta o mal de mim
Sinto que a terra girou ao meu redor
Sinto que estamos mais longe da razão
Sinto uma saudade do que não me aconteceu
Sinto os teus instintos tão fortes quanto os meus
Sempre que nós estamos juntos
É você quem liberta o mal de mim
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Clichê
Queria escrever sobre os erros que cometemos, nos arrependemos, mas que nos engrandecem muito mais na vida que os acertos;
Queria dar uma de 'bem-informada' e escrever sobre a política, crise econômica, ou até mesmo sobre o tempo, que ultimamente está uma loucura.
Mas não, o acontecimento, particularmente, mais importante se desenvolve aqui dentro de mim, é a revolução da paixão movendo montanhas de sentimento à seu favor, sem pedir permissão invade derrubando as portas que precisar. E vai ser clichê sempre que eu disser que só penso em você, que tudo me lembra você, ou que daria tudo para estar com você agora. Isso que invade é mesmo um sentimento brega, e não sei se sou capaz de escrever, apesar de querer muito, algo que você nunca tenha lido em Vinicius de Moraes ou escutado na cena romântica da novela. Mas que deixe de ser clichê e brega por estar sendo dito com todo o amor e olhos mareados especialmente para você.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Sonho
Sentir tudo esquentar
E puxar aquela cintura fina pra mais perto
Como se os corpos já não estivessem colados
Como se já não fossem um só seguindo o ritmo da música
Como se o mundo fechasse os olhos
Como se não houvesse futuro
Com o desespero de quem sente o mundo acabar
Com a leveza que só você teria.
E o carinho explode
Saindo pelos poros paixão e suor
Fazendo daquele um momento inesquecível
Sem se preocupar em medir os atos.
Minhas mãos querem te prender por inteiro
Mas só alcançam tuas costas e teus cabelos,
A boca deseja mais do teu gosto,
O meu corpo quer cada vez mais o teu.
Acordar com o coração pulsando forte,
Um suor que escorre por dentro
Um desejo que lateja até a alma
O aplauso imenso vindo do corpo
A imaginação que lamenta nem ser lembrança
O susto, susto da veracidade de tudo aquilo.
Tentar dormir de novo,
Fechar os olhos e te ver
Pensar e insônia, insônia...
Levantar, beber água, pensar
E
Acordar no sofá.
Ouça: Deftones - No ordinary love
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Ao 'amor próprio'.
Quando finalmente te olhar, te derrete com aquele lindo sorriso que tu tant esperou para ver assim, ao vivo e especialmente ali por ti.
Não te enganas, ela também vinha a tremer só não olhava nos teus olhos por medo de que não aguentasse a vontade que as pernas tinham de correr para com os braços enlaçar-te num aperto infinito.
Não vês, ela foi feita especialmente para ti, e ela ainda te vê como um outro ela, com outros olhos, outro cabelo, outro tamanho, outra idade... Enfim, outro corpo.
Será esse o segredo da vida, não encontrar alguém que te complete, e sim um outro você?
Encontre-se e ame-se!